Eles inicialmente serviriam para monitorar alterações na temperatura ou no escoamento, alertando sobre avarias iminentes.
Para fazer mover os insetos-robôs, os cientistas cobriram uma das faces do corpo do robô - essencialmente um microchip - com pequenos braços, inspirados nos cílios usados por algumas criaturas do fundo do mar para se movimentar.
"Eles poderiam então mover-se como milípedes," disse Djakov, atualmente à frente de sua própria
empresa emergente, a Microvisk Technologies.
Cada microrrobô é na verdade um MEMS, um sistema microeletromecânico, inteiramente contido em um chip. [Imagem: Semefab Ltd]
Movimento ciliar
No entanto, os insetos espaciais estavam à frente do seu tempo quando foram sugeridos, e ainda não passaram da fase de testes.
A abordagem por imitação dos cílios, por outro lado, avançou um pouco mais.
Com o apoio do braço de transferência de tecnologia da agência espacial europeia (ESA), Djakov está explorando o potencial de sua ideia para o mercado médico.
A equipe de Djakov ajustou os mecanismos dos microchips e adicionou sensores nos "braços" de movimentação, dando-lhes sensibilidade, quase como bigodes de gato.
Estes bigodes mostraram-se muito eficazes no monitoramento de líquidos, sem precisar estar mergulhados nele.
Eles conseguem detectar, por exemplo, alterações na viscosidade do líquido, além de identificar materiais em suspensão.
"Isto é muito interessante para estudar o sangue, plasma, e outros fluidos corporais," disse Djakov.
A tecnologia dos microrrobôs foi transposta para analisar amostras de sangue, podendo prevenir tromboses, acidentes vasculares cerebrais e infartos. [Imagem: Microvisk Ltd]
Coagulômetro
Atualmente, a empresa emergente está colocando suas fichas em um aparelho de monitoramento da coagulação sanguínea para pacientes que tomam medicamentos anti-coagulação: "É como um teste de diabetes, só que voltado para a trombose."
Graças a este medidor de coagulação, batizado de CoagLite, os pacientes poderão em breve fazer eles mesmos os testes, em casa.
Novamente mostrando que os microrrobôs submarinos estão à frente de seu tempo, eles ainda não vão navegar pelas veias do paciente: eles vão analisar uma gota de sangue retirada por uma picada no dedo.
A gota é colocada em uma pequena câmara nas tiras de teste, quando então entra em ação o pequeno sensor com inteligência artificial, que acompanha a velocidade de coagulação da amostra.
Atualmente em ensaios clínicos, sob análise da agência reguladora norte-americana (FDA - Food and Drug Administration), o coagulômetro deverá estar no mercado no próximo ano.
Com informações da ESA - 20/08/2012
Adaptado de:
Redação do Site Inovação Tecnológica - 20/08/2012